segunda-feira, setembro 30

O que sobra de ontem...


E no fim das "vindimas", prova-se o "vinho"

Passadas as eleições, o que é que subsiste?
Os valores da abstenção, globalmente, são elevados. Aqui e acolá existiram locais onde os valores foram menos do que aqueles de 2009 mas essa diferença foi mínima. Já noutros o valor aumentou muito. Olhando aos resultados a abstenção surge mais uma vez como o registo vencedor e esse é o registo que os políticos não querem porque os definha. 
E depois? O PSD perde à grande. Passa de ter câmaras para ficar em terceiro ou quarto lugar com uma dezena percentual. "Que se lixem as eleições!" e assim foi e assim aconteceu. É, ainda assim, importante sublinhar que as pessoas que foram votar, aparentemente fizeram-no, nas pessoas e na sua capacidade de cumprir e de fazer aquilo que as populações acham como mais importante. 
Em alguns casos o PSD manteve-se no poleiro quer mantendo o símbolo partidário quer através de candidatos ditos independentes. Seria interessante ver quem eram esses independentes. Aqui na Covilhã, o candidato independente era tão independente como a bala que após ser disparada afirma convicta que é ela, e não a pistola, que sabe para onde vai. Tinha tanto de independente como de morte tem a vida, tendo o alto patrocínio do presidente cessante e com uma máquina por detrás de si digna da sigla do PSD. E o que eu acho estranho é que estas coisas ainda colhem na simpatia das pessoas que não parecem chatear-se com aquilo que elas já fizeram para aquilatar qual a sua verdadeira capacidade.
No pólo oposto encontra-se Rui Moreira, com um percurso no Porto e até ao nível nacional reconhecido e não no mau sentido, a não ser aos poderes em Lisboa. A par disto, juntem-lhe uma fracção de partidários laranjas descontentes e o seu savoir-faire, e como cereja no topo do bolo, o candidato da "mu(n)dança". Luis Felipe Menezes representa a podridão da política. Só os tolos dos partidos é que julgavam que as pessoas iriam deixar passar os "malandros" que quiseram fintar aquilo que era o denominador público do que deveria ser a lei da limitação de mandatos. E só aqueles que têm ou tiveram obra feita, até nas contas autárquicas, é que foram premiados na continuidade. Também eu gostaria de ter sido aqui eleito o hoje, por outro lado, cessante edil albicastrense, Joaquim Mourão, que por onde tem passado tem realizado e representa bem um perfil daquilo que deveria ser um autarca.
Em vez disso a lei da limitação e a sua própria consciência e leitura fê-lo não concorrer a Castelo Branco ou a outra qualquer câmara. Com obra feita, sem críticas dignas de registo e com as contas saudáveis, Castelo Branco mudou da noite para o dia.
A CDU cresceu em todo o país e de um modo mais visível naquele que é o seu feudo natural, o além tejo. Cresce pelo voto contra o sistema mas também porque com esta opção, as pessoas sabem ou têm essas esperanças de que o prometido será cumprido. Muitas vezes aquilo que é cumprido é que é criticável mas... como se vai dizer às pessoas para não votarem naquele que lhe dará emprego a ganhar, nem que seja, o ordenado mínimo?
Pois...
O BE sem grande implantação nas autarquias, assim se manteve ainda que, no entanto, os resultados por cada autarquia são baixos. Sobram as óbvias conclusões: a mudança de liderança não cimentou e o discurso deixou de passar. O CDS é, para mim e de um modo algo incompreensível, o vencedor. Quintuplicou as suas autarquias! Isto significa duas coisas: primeiro, a escolha dos candidatos foi inteligente porque as populações iam-se rever nesses eleitos e em segundo, que as pessoas não foram atrás, ou não julgam que isso seja uma evidência, talvez pelas falinhas mansas e pelo ar candura e sentido, do voto de protesto para um partido de anda de mão dada e até decide todas aquelas que têm sido as políticas nacionais. Eu acho incrível esse facto ainda que entenda a eleição pelo que disse em primeiro lugar. O que interessa, o que acaba por ser relevante, são as pessoas. Mas vaticino aqui o descalabro daqui a 2 anos nas eleições legislativas.
Do PS, que dizer? Aqui na Covilhã ganhou com um "boi" partidário, com uma lista cheia de corpos amorfos a caminho de "bois" de corpo inteiro, sem capacidades reconhecidas, desde o novel edil até à dobra da lista, a não ser naquelas que são os tipos podres partidários. Vidas que se fazem de normais a vidas turbo em face das subidas meteóricas, sempre após a entrada no partido que garante até empregos bem pagos nos bons empregadores públicos regionais. Com o PSD é/foi/será igual. No dia que quiser fazer algo da vida, sei onde ir... Voltando, uma candidatura pequenina, de pessoas pequeninas mas que acabou por ser suficiente em face dos oponentes. Ao nível nacional? Não vejo como os resultados nacionais podem ser considerados como uma vitória. Estas eleições, ao nível do PS, levam-me a imaginar e com ela concluir, a seguinte imagem. Um jogo de futebol, em que a equipa adversária está todo enterrada, morta e os jogadores da equipa do PS são coxos, só sabem jogar basquetebol e onde o seu ponta de lança é cego - seguro. Algum golo entra mas não deixa de passar a ideia de que, não é a goleada que faz esquecer aquilo que os olhos mostram: que a equipa da "casa" não deixa de ser uma merda. 

Post scriptum: só para apimentar mais o dia, como se isso fosse necessário - o INE acaba de anunciar que o défice do pib durante o primeiro semestre foi de 7,1%. Crescimento?

quarta-feira, setembro 25

Eleições? É uma data para ladrões, para gatunos e para chupistas.



Em honra ao dia dos abutres que se aproxima. Se dependesse de mim, não por ser o melhor mas por ser o melhor do pior, todos os militantes de PS, PSD e CDS podiam ir para a caminha no sábado para acordar só na segunda pela manhã, tristinhos e a olhar para o futuro ao virar da esquina. O saber fazer ao nível local confunde-se vezes sem conta com o savoir faire nacional vai daí...
Deixo o vídeo da senhora que melhor explica a política nacional e a versão dos Gatos :)

 

sexta-feira, setembro 20

No pollution, just good music


Pontos de vista, obviamente

Dos dias...

...a caloirada já pulula aqui pelas ruas não descalços, nem pela verdura, pouco formosos e ainda menos seguros do que mais os preocupa, estes dias de folia. Daqui a nada a medida do tempo altera-se quando a velocidade das coisas for pior do que a avisada - porque é mesmo assim, enquanto a "pele" não engrossa, o bicho homem aleija-se. Ainda assim não tardará, espero e é certo, e sairão "encanudados" mas para que Portugal? Dos "meus" finalistas, já tenho encaminhados mais de metade com a satisfacção própria do acontecer e de ter sido, salvo erro, sempre na primeira opção. O trabalho ainda compensa e a escola é digna dessa ideia. Espero que na segunda fase suba o resto da "tropa" ao reles estatuto pretendido :)

...as eleições estão "à porta" e não na porta ou na televisão, o que se agradece. Haverá pouca coisa que me enoje mais do que o lodaçal partidário nacional. Todos os países têm as suas idiossincrasias e uma das nossas será a de sempre, para sempre, sermos representados por... ia escrever sanguessugas mas... genericamente são merda, pura e simples. Aqui o inverso do ónus da prova prevalece, até prova em contrário.

...resulta uma imensa contradição entre o que o mec diz e o que as escolas aparentemente vivem, isto porque do sofá de casa não tenho ou quero ver muito. Tanta incompetência que a palavra já deveria vir sem descrição no dicionário e apenas devia estar ilustrada pelas narrativas do país real. E vai haver uma prova. Por mim, tudo bem. De toda a revolução educativa dos últimos trinta anos, só não apanhei com a PGA por isso... testes e provas e exames e aferições ou a puta que os pariu, já vivi ou passei por tudo. Que venha ele. Só sinto alguma, como poderei por isto, injustiça (?) por ver uma geração ser a cobaia de tudo e que o massacre não se aplique universalmente. Eu voto pela prova para todos, em tudo, sem excepção.

...o meu Sporting parece dizer que sim mas vou esperar para ver porque "prognósticos" só no fim do jogo.

...não sobra vontade para vir aqui. Mas farei por...