domingo, julho 5
quinta-feira, julho 2
O estado, tauromáquico, da nação.
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E ficará para a história esta como a imagem do ministro Manuel Pinho, será justo? Hmmmm... nem justo nem injusto. Este foi sempre um dos ministros mais coloridos do Governo, emotivo, com tiradas a destempo e isso fará dele um homem normal. Uma coisa não se lhe pode apontar é de não ser genuíno ao contrário do chefe de governo que conta inverdades a torto e a direito. É bem demitido, porque ele não se demitiu? Sim mas até aqui eu identifico uma jogada pré-eleitoral. Também é certo que aqui Sócrates ficaria na situação de "ser preso por ter cão ou não ter" de qualquer modo o criticaria, digamos que me está no sangue não gostar desse senhor.
Deixo uma música ao ex-ministro que se apropria bem ao caso.
Ainda ou já só vês os pés?
O dia-a-dia de um professor é repleto de situações únicas, nem que seja pelas tiradas dos jovens a quem eu proponho todos os anos o negócio das suas vidas: aprender, crescer por dentro como por fora. Uma das coisas que também pode acontecer é: “Srs. Professores de substituiçãaaaao! Tenho o sétimo D, o oitavo A” etc etc, como menus num qualquer takeaway. Com um sorriso, lembrando da maçada do momento vivido, digo-vos que são ossos do ofício. Nesses momentos pretendo, não havendo outros objectivos a atingir, melhorar a capacidade crítica dos jovens de hoje, a capacidade de observarem situações importantes para o seu futuro e, com esta primeira abordagem, saírem do estado “tábua rasa” para melhor optarem ou palpitarem quando a necessidade assim obrigue. Os meus momentos de substituição com eles, preencho-os então de um modo responsável vendo, por exemplo e dependendo do nível etário, com o visionamento de documentários que carrego a prazer e onde os temas são variados: o clima, reciclagem, alimentação saudável, etc. Uma série de informação que os leve a ficarem melhores seres, mais conscienciosos ou então não mas que onde a desculpa do “não sabia” nunca mais será aceite.
E porque tanta conversa? Hoje por necessidade desloquei-me às imediações do Macdonalds aqui da minha terrinha e não foi o cheiro a ‘combustível’ (óleos das batatas fritas) que impregnava o ar mas foram os gritinhos e animação que me levaram a olhar para lá. Repleto de catraios, miúdos de… não sei, quatro ou cinco anos todos com os seus chapéus liliputeanos muito garridos, vozes em falsete afiadas e energia a mais nos pés eu encontrei o ‘parque de merendas e diversão’ do restaurante fastfood da reconhecida cadeia.
E porque tanta conversa? Hoje por necessidade desloquei-me às imediações do Macdonalds aqui da minha terrinha e não foi o cheiro a ‘combustível’ (óleos das batatas fritas) que impregnava o ar mas foram os gritinhos e animação que me levaram a olhar para lá. Repleto de catraios, miúdos de… não sei, quatro ou cinco anos todos com os seus chapéus liliputeanos muito garridos, vozes em falsete afiadas e energia a mais nos pés eu encontrei o ‘parque de merendas e diversão’ do restaurante fastfood da reconhecida cadeia.
Minto se dissesse que o calor que me derretia desde a planta dos pés ao mais insignificante pensamento tivessem desaparecido mas abrandei para observar o ‘quadro’. Um dos documentários que passo à exaustão é o de Morgan Spurlock, um jovem nova-iorquino que um dia pensou: “sou saudável, sem doenças passadas, ou vividas, nem vícios presentes, o que será que devo fazer comigo mesmo? Já sei vou comer só durante um mês no macdonalds, só para ver…” E assim fez e assim ia dando aniquilando o que uma boa educação havia criado em trinta anos. Se existe uma coisa que o documentário mostra, e não só ele mas os rabos gordos, as banhas oscilantes, as carinhas e garriguinhas fartas é que um dos problemas futuros será a alimentação, o sobre peso. É sem duvida uma das doenças silenciosas que já vivemos, recriminamos alguém por fumar mas não fazemos igual quando essa mesma pessoa se enche feita… É uma doença evitável, estúpida, de novo-riquismo.
Como posso eu fazer valer a atitude crítica quando um menino ou menina de quatro ou cinco anos é levada a estes locais por pessoas que se pretendem responsáveis de formação ou meras educadoras por necessidade de ‘gás, água e luz’? O que mais custa é que a informação é tanta e as educadoras erma tão novas. O capitalismo tem coisas estúpidas e a nossa única arma é a consciência. Não sei para onde caminhamos… eu sei, vou comer uma maçã.
Domínio Actualidade, Assim não, Pedrada no charco
A minha avó
"Uma avó é uma mulher que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros. As Avós não têm nada para fazer, é só estarem ali. Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam flores bonitas nem lagartas. Nunca dizem: Despacha-te!. Normalmente são gordas, mas mesmo assim conseguem apertar-nos os sapatos. Sabem sempre que a gente quer mais uma fatia de bolo ou uma fatia maior. As Avós usam óculos e às vezes até conseguem tirar os dentes. Quando nos contam histórias, nunca saltam bocados e nunca se importam de contar a esma história várias vezes. As Avós são as unicas pessoas grandes que têm sempre tempo. Não são tão fracas comodizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós. Toda a gente deve fazer o possível por ter uma Avó, sobretudo se não tiver televisão."
Um beijinhos grande para a minha avó que fui obrigado, depois da hora visita, a deixar como diz o menino do texto " é só estarem ali" no hospital. Ela não é gordinha :) mas é a minha.
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