sábado, julho 21

D'hoje. Sinais dos tempos...

Pois...

Pois, até porque 99,9% das vezes é a nossa mãe que guarda (esconde? ...) as nossas coisas porque, and quote, "está tudo desarrumado, parece um pagode chinês!"

Uma vénia ao Contador da História


Não sei bem como começar a discorrer sobre a vida de José Hermano Saraiva. De formação advogado, profissão que exerceu ainda que tenha ficado universalmente conhecido porque percorreu o país português discorrendo sobre a nossa história. E se dentro do meio, dos historiadores, a sua contribuição foi controversa, é inegável que a sua actuação permitiu que a história de Portugal chegasse a casa das pessoas. Foi como um democratizador da mesma, não agradando a todos, como é apanágio dos homens que se colocam diante de grandes empreitadas.
Também foi ministro da educação e viveu, como tal, a maior e talvez o primeiro sinal de que algo estava a mudar naquele Portugal de brandos costumes e mais brandas atitudes. Terá tido muitos defeitos mas, para mim, teve a maior virtude: tentou educar o pagode. E qual é o pior inimigo de um governo? É a cultura do seu povo. 
Perdeu o país é certo e ninguém é insubstituível pelo simples facto de que à frente virá alguém melhor ou pior mas que seguramente fará as coisas de modo diferente e, por vezes, é nesse diferente modo de fazer, nesse acontecer que o bicho homem rebola mais uma volta para a frente. Só as pedras paradas ganham musgo e com tanta gente a nascer, não cá como sabemos, não corremos nunca o risco de estagnar. Tentemos é não andar para trás, reviver a história da qual aprendemos sobre os erros mas que não carece repetir. Jamais. E nisso, este homem, ajudou-nos como poucos nos últimos trinta ou quarenta anos. Para o bem e para o mal, haveria de haver um José Hermano Saraiva a nível europeu porque algo me diz, nesta época de incertezas e desencontros no âmago e na essência do projecto europeu, onde o pagode maior é governado pela primeira fornada de dirigentes europeus sem memória da segunda guerra mundial, que faria falta alguém que relembrasse o passado, já empoeirado noutro século, mas que está longe de estar distante. Apenas das mentes e dos olhos de quem lá esteve mas parece ainda nos diferentes códigos genéticos. Ela está escrita sim senhor mas o raio dos livros não se lêem sozinhos e os de economia e finanças não trazem notas de rodapé deste mester.

Post scriptum: e dos ministros de Salazar sobra apenas outro nome grande - Adriano Moreira.

António, chaínho de Portugal e do Mundo inteiro



De quando Portugal era o mundo

"Quem vê Goa não precisa de ir a Lisboa"... tempos idos.

quinta-feira, julho 19

Quase, do baú



Aconselho e muito "joy" do mesmo álbum que não coloquei hoje porque já aqui rodou certa vez.

"Violência" da boa


Da condição humana


Uma história para o ouvido

F"r"actura? Já tenho que chegue...

Facturas...
O Governo, provavelmente no último conselho de ministros antes da época estival, decidiu que se o pagode guardar e mais, pedir, isso sim interessa, as facturas de todas as transacções que efectuar ao longo do ano, esta irão servir para abater 250 euros no IRS. Parece bem, mas todos os novos anúncios por exemplo da TV têm letrinhas "piquenas" e este, também televisivo porque as estações continuam a dar tempo de antena a estas bestas, não é excepção. Então é assim: para eu poder abater 250 euros preciso de gastar qualquer coisa como, e arredondando, 27 mil euros! Para eu poder abater no meu IRS do ano de 2013 eu terei de apresentar facturas com valor superior ao meu rendimento bruto nesse mesmo ano, e isto é se eu tiver trabalho. Se mantiver o que tenho não chego lá. 
Então, assim sendo, porque raio sai esta medida de cocó? Pois bem, é para que o pagode, nós portanto, façamos o trabalho desta gente. Não conseguem cobrar ou fazer minorar a economia paralela e vai daí vamos arranjar 10 milhões de polícias fiscais. Compensa? Parece que não e apesar de ser estúpido o que vou escrever de seguida, não o farei. Continuarei a não pedir factura ao Jorge e ao João quando lá me sentar para comer, nem à senhora que me acerta a franja, nem na "vizinha" ou no "local do crime" quando me apetecer um gelado ou uma mini, respectivamente.
E é estúpido não pedir? Sim claro, estou a ser estúpido mas para além da medida ser inócua, na minha modesta opinião, para o indivíduo ela é tremendamente penalizadora para o pequeno comércio. A fuga não está aí. A fuga acontece nas grandes transacções. Obras, escritórios das profissões liberais como médicos (Quem nunca ouviu aquela conversa... "bem se for com factura são mais 50 euros), técnicos oficiais de contas, advogados e naquelas obras que se fazem em casa, que custam imenso e que invariavelmente são pagas com dinheiro vivo. Toda a gente sabe disto menos os pavões do governo. Aliás eles sabem e por isso decidiram que apenas as facturas da restauração, do cabeleireiro (porquê? será que a malta gasta tanto no cabelo? Bem se olharmos para o relvas... mais umas equivalências? :) não resisti). O Governo decidiu penalizar o que existem em quantidade, os restaurantes por exemplo, e não a fuga em qualidade. Já agora porque quando eu vou carregar o telemóvel, porque raio eu se quero factura tenho que estar ali mais "meia hora" para que a mesma me seja dada pelo multibanco? Quantos milhões de euros se gastam diariamente em carregamentos de telemóveis? Como é feito esse registos? Pois não deve ser feito. Eu gostava mesmo era de poder deduzir os cerca de 1400 euros de combustíveis que anualmente me saem do bolso para ir trabalhar. E a segunda renda...
Tenham vergonha na cara e se querem fazer as coisas bem feitas peguem o touro pelos corninhos. E é fácil, quem ganham bem tem sempre duas coisas: bom carro e casa. Mas sabem de uma coisa? Estou a ouvir a antena 1 e toda a gente acha bem. Eu também acho mas parece-me que é estar a olhar para o leitãozinho e apenas pegam na unha do bicho e não na coxa suculenta. Sois ridículos e o pagode, ouvindo-o ali na rádio, perpetuam a a ridiculisse. Eu eu que não posso fugir aos meus... E pelo que ouvi, a multa até só vale 3 mil e tal euros. Para quem anda de BMW série 7 isso deve ser o equivalente... aos tapetes? A um depósito cheio? Trocos, portanto. 
E para o ridículo ser maior, o PS veio reclamar a génese da ideia. Mais um saco cheio de estúpidos.

quinta-feira, julho 12

Coisas graves e greves

Hoje sucede o segundo dia da greve dos médicos. Não importa aqui destilar o rol de consequências que a mesma origina. É uma greve, a ideia será essa: chamar a atenção para a população sobre situações da classe e para alertar o poder de que há atitudes que devem ser mudadas ou tomadas. E se o ministro entende mas prefere apontar baterias para as reformas em curso, a população pelo que ouço, entende a posição, está solidária principalmente pelos chavões que se criam: os médicos querem a manutenção do SNS, querem ser contratados a valores coerentes com a sua valia na sociedade e querem que essa contratação traga mais estabilidade à classe. Como dizia, o povo percebe, dá fé e força, a maioria pelo menos.
Hoje também, vai acontecer simultaneamente, a manifestação dos professores em Lisboa. Quais as reivindicações? Por estranho que pareça, muito semelhantes às dos médicos. Os professores também insistem que o sistema educativo com as inúmeras modificações fica cada vez mais moribundo, com menor qualidade, que o sistema de contratação está caduco, existindo cada vez mais contratados permanentes, que as modificações de horários e dos currículos irá enviar para o desemprego um valor incalculável de professores contratados (muitos com mais de uma dezena de anos de leccionação ano após ano) e que muitos dos professores do quadro irão ver a sua vida, em todas as suas vertentes, alterada numa situação sem par. 
Como é que a população vai ver esta manifestação? Será igual? Será que a população percebe o que se está a passar? Quer saber? Creio que não. Enquanto que a acção, ou a falta dela, ou a actuação em más condições por parte dos médicos mata pessoas directa e rapidamente, o trabalho ou a valia dos professores não parece causar esse dano. "são muitos" ou "são uns calões" ou "é preciso pô-los na ordem". O trabalho dos professores não mata pessoas mas mata a sociedade lentamente, sem urgências, de mansinho e essa situação não é perceptível pelas pessoas, não a acham tão grave. Não é por nada que ao fazer caracóis, os mesmos são feito numa panela com o lume brando, para que eles não se apercebam do que lhes vai acontecer. Uma morte lenta, indolor. Com os professores acontece isto mesmo. Para a população será só mais um birra, mais uma. E é assim. Mais tarde, nos noticiários ser-me-á dada razão, ou não, como em tudo e desde sempre. Mas vou tê-la.

50 velas :)



50 velas não são muitas velas :)

quinta-feira, julho 5

Por favor um velhinho que mate um político. É urgente.


Este foi o estado em que ficaram todos aqueles a quem lhes segredei que o ministro adjunto do governo português tirou, não sei bem se o verbo será este... será, convenceu? Persuadiu? Ameaçou com o revelar dados privados da vida dos professores? Do mentecapto do reitor? Pois não sei, só sei que aquele... (suspiro para não atingir a mãe deste...) grandessíssimo aborto incompleto do reino animal, sub-sub-sub-espécie homo-politucus-filhus-ad-putix conseguiu uma licenciatura pela velhas oportunidades, o ordinário e reles e asqueroso prostíbulo político. Este rasteiro animal fedorento conseguiu com esta façanha que os pais deste país pensem: "bem eu sei que o rebento andou lá e trouxe para casa uma licenciatura pré-bolonha mas... raio do puto sempre lhe disse para abrir a pestana. Podia ter ido para a República Checa estudar na universidade de Tachov e no mesmo tempo tinha feito meia dúzia de cursos!"
Eu e dezenas ou centenas de milhares de portugueses andaram a queimar as pestanas, a custo elevado para muitos e para todos aqueles que este ano ou nos anos anteriores foram obrigados a desistir e vêm estas espécies de expectorações humanas que, a poder abrirem caminho nas merdas das "jotas" e dos partidos políticos, alcançam como disse o não menos asqueroso reitor da universidade lusófona, uma licenciatura de acordo com a lei. Não sei se a possibilidade que a lei outorga ou a explicação do palerma do reitor que me causa mais asco. Quer a merda da lei e o não de somenos reitor deviam ambos perecer, falecer, sucumbir e todos os que fizeram a lei e todos os que a aplicam. Gostava de saber quem é que na Assembleia e no Governo tirou o curso com mérito. Gostava mesmo. Se eu tivesse a idade da minha avó dava-lhe utilidade e limpava o sarampo a todos estes miseráveis que conseguisse. Pena a independente ter fechado mas vou ver se vou à lusófona. Com os meus anos de experiência e estudos devo estar prestes a obter a cátedra.  

quarta-feira, julho 4

Provavelmente sou eu...



Quando o dia não escorre como é suposto, penso nisso...

"Há-dem vir charters"


Hoje passei o dia no meio de papéis, montanhas deles e no meio de uma profunda inércia daquele tipo de pessoas que aparenta ser humana mas que eu começo a desconfiar do oposto... E uma pessoa numa situação dessas confia, por aperto de mão com o inconsciente, que o rolar normal do mundo não se irá atrapalhar connosco a olhar para o lado.
Mas se já quando olhamos a coisa não se sustem... sou meio naif, mas por amor de algum tipo de "divindade divina", que raio é isto? Afinal o Futre foi zandinga mas enganou-se num milhar de quilómetros. Mas ele sabia... ele sabia que "há-dem vir charters" mas era de indianos. Para onde raios vais tu, oh meu Sporting. Para o ano vai ser um eskimó... "há-dem" vir pinguins, icebergs deles. E não, não serei daqueles a voltar com o verbo atrás se isto for um grande furo. Façam lá uma parceria e vejam os miúdos, tragam os mais novos e que tenham pinta. Agora contratar um indiano para jogar na equipa "B" e ainda por cima com 27 anos... Espero que saiba jogar bola mas também não estou muito preocupado com ele e vou ser mauzinho, desculpem-me os progenitores que a vossa educação foi melhor dada: este se não souber dar na bola, sempre pode vender uma "pitas" ou umas rosas nas docas lisboetas - "Qu'é Frô!?"