quarta-feira, maio 30

Minha senhora para onde olha!?



"...valores subjacentes à protecção penal designadamente a idade e desenvolvimento do menor..." e foi assim que os juizes conselheiros do STJ "amainaram" a pena de um homem acusado e condenado de abuso sexual de criança.


É certo, até pela minha profissão, que comparando o meu tempo (ainda lá não vai assim tanto como da avozinha do "modelo"), os adolescentes de hoje garantem direitos noutra idade diferente da minha geração. Vícios, liberdades, acessórios são algo diferentes no tempo de vida palmilhado, mas até os nossos pais dizem ou diziam o mesmo de nós. Por este andar arriscamo-nos a ver crianças de biberon numa mão e telemóvel, ou outro qualquer artefacto deste tempo, na outra. E a questão surge: como será vista a idade no futuro? será ainda garante de progressão de direitos e deveres a ela associados? ou por oposição cairá no turbilhão de banalidades e demissões sociais\familiares?


Segundo o STJ o conceito de sexo é diferente se idade para idade. O problema, tal como aqui, reside nos limites e no tipo.
Limites: É evidente que uma criança de 13 ou 14 anos encara essa realidade com uma quantidade de informação muito extensa, principalmente se se fizerem comparações geracionais. Agora ter informação não é condição necessária e suficiente para se saber o que se fazer com ela, parece-me.
Tipo: Por outro lado uma coisa é natural, saudável curiosidade intrageracional, outra é coação ou aliciamento ("chamada canção do bandido") intergeracional.
E idade não é garante de juízo crítico na utilização da informação. Por isso se chama informação e não conhecimento, este último baseia-se em mais do que a mera absorção de... Se assim fosse não haveria prisões, tribunais e demais garantes de valores.
Parece que aqui a "senhora" fez pender a balança pesando suposições que não o podem ser nem se podem ter. Foi distracção?

Senhor"a"(es) a distracção é a mãe de todas as trapalhadas.

terça-feira, maio 29

Portugal e os ministros com afinidades saharianas.




Já lão vão uns anos... Certo dia o então ministro das finanças, o Professor Braga de Macedo, fez a 1.ª referência cruzada entre as finanças deste país e os desertos africanos, pelo menos a 1.ª referência que minha idade permite recordar. Foi, naquele então, "oásis" a palavra que caiu na rua, fez graçola e andou a ressaltar de opinião em opinião.

Volvidos alguns anos heis que nova referência emerge de um membro do governo, desta feita como resultado de uma intervenção do Ministro e Engenheiro da respectiva Ordem, Eng. Mário Lino. A palavra da discordia desta feita foi "deserto", a qual causou imensa e compreensível consternação a ponto da JSD arranjar um camelo para colocar às portas da margem sul devidamente orientado na direcção do dito ministério.

Mas a questão coloca-se: Que afinidade existe entre os governantes e o norte africano, principalmente o deserto? Que virá a seguir.. uma relação entre as contas públicas e as parcas, translúcidas e ligeiras roupas das danças do ventre? Será que os ministros, grandes visionários nos alertam para a (real) problemática do aquecimento global? Os carros e os combustíveis irão ficar tão caros que passaremos a mover-nos com camelos?

Mas a mais inquietante é: e o camelo da JSD, de onde é? Como se chama?
Para variar com os "camelos" ninguém se interessa a não ser no dia da foto.



O primeiro




Acredito, por formação, na ideia de acção-reacção.

Por vezes por bons motivos obtemos resultados que ficam áquem do que pretendemos.
Noutros casos, ruíns instintos conduzem-nos a agradáveis desfechos. Espero que se personifique, neste blogue, o bom motivo. A "ler" (e não só) vamos, caminhando.